domingo, 8 de maio de 2011

O que é certo e o que é errado?


Muitas das vezes agimos com a convicção de estarmos certos em nossas ações. Devemos, todavia, observar o alcance de tais ações. Será correto agirmos de forma a fazer valer tão somente nossas idéias como se fossem estas a verdade mais absoluta e imutável? E quanto as conseqüências de tais pensamentos para com nossos pares? E quando estes nossos pares são pessoas que no íntimo de sua alma, nas dobras ocultas de seu coração nos querem bem e fazem de nós o destino de seu amor?.
Conheci uma jovem de feição bela e gestos os mais doces quando a calma e a paz de espírito a dominavam. Esta encantadora jovem que cantava e encantava tornava-se irascível, tomada por um sentimento de cólera e ódio, e deste se alimentava, quando convertia suas suposições em idéias fixas de modo que até mesmo o óbvio lhe era oculto aos seus olhos..
Tal comportamento muita dor e sofrimento causaram a quem a amava de forma exacerbada e o império do ódio venceu a batalha contra o amor..
Este indivíduo que muito a amava conserva sentimentos de bem querer e o fiel desejo na felicidade de sua algoz mas lamenta de forma mais profunda, triste e infeliz o desmanchar de um sonho que um dia era de virtuosos caminhos ao lado de seu único e grande amor. Caminhos estes que os levariam ao reino do encantamento e da pura paixão mas que hoje só conduz a um terrível e desesperador fim ao indivíduo que um dia sonhou em ser feliz ao lado daquela que era essencial como o ar.
Cassiano Jorge

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lágrimas: Jesus chorou


O que é o que é clara e salgada, cabe em um olho e pesa uma tonelada, tem sabor de mar, pode ser discreta, inquilina da dor, morada predileta. Na calada ela vem refém da vingança, irmã do desespero e rival da esperança. Pode ser causada por vermes e mundanas ou pelo espinho da flor cruel que você ama. Amante do drama vem pra minha cama por querer. Sem me perguntar me fez sofrer e eu que me julguei forte, e eu que me senti, serei um fraco,qua ndo outras delas vir”
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“Do que adianta eu ser durão e o coração ser vulnerável? O vento não, ele é suave, mas é frio e implacável.Borrou a letra triste do poeta, correu no rosto pardo do profeta.”
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“O que fazer quando a fortaleza tremeu e quase tudo ao seu redor de melhor, se corrompeu?”
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"Nada como um dia após o outro dia.”
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“Quem tem boca fala o que quer pra ter nome, pra ganhar atenção das mulheres e/ou dos homens”
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“O que quer que eu faça é por nós, por amor.”
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“Não entende o que eu sou, não entende o que eu faço, não entende a dor e as lágrimas do palhaço”
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“A inveja mata um, tem muita gente ruim.”
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“Ei você, seja lá quem for, pra semente eu não vim”
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“Chuva cai lá fora e aumenta o ritmo. Ssozinho eu sou agora o meu inimigo intimo.”
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“Não jogue pérolas aos porcos. Joga lavagem pois eles prefere assim”
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“Cristo que morreu por milhões mas só andou com apenas doze e um fraquejou.”
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“Eu sei, você sabe o que é frustração”
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“Se só de pensar em matar já matou eu prefiro ouvir o pastor: “Filho meu,não inveje o homem violento e nem siga nenhum dos seus caminhos.”
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“Lágrimas molham a medalha de um vencedor. Chora agora ri depois. Até Jesus chorou.”
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sábado, 16 de abril de 2011

     Sua beleza tem o nome do que é bela e chama-se Gabriela. É a razão do meu viver e já não existe mais problemas. Você caiu do céu pra mim e tudo que vem do céu é sagrado. E por isto que me encanto com você. Se perder em um turbilhão de alegrias e encantamentos e o que sua simples existência proporciona aos que a conhece e, desta forma, se precipitam em declarar-se loucamente por você apaixonados pois seu nome é Gabriela.
     E por falar em saudades questiono-me onde anda você, onde anda seus olhos que a gente não vê, onde anda este corpo cuja a imagem me deixa louco de tanto prazer. Você bem que podia me aparecer e não somente habitar meus sonhos e então minha vida seria entregue ao seu dispor.
     Solto no ar, na perplexidade comum às crianças diante do novo a amo, a venero e a idolatro de forma a ter meu amor rolando mais do que água na cachoeira.
     Hoje o mundo se alegra em comemorar 19 anos de uma existência que traz alegria, cor, luz e o pulsar da vida de tudo que existe. Estou em estado de graça em conhecê-la de modo a não ver razão em qualquer coisa que não seja servi-la. Sem ela não há beleza e só melancolia pois ela é a Gabriela e com ela chega-se ao carinho  sem fim.
     Parabéns bela que se chama Gabriela, menina doce com o sabor de açúcar, por permitir ao mundo desfrutar de sua existência.
Cassiano Jorge
     Onda. Foi somente onda.
     Assim como as ondas do mar que vêem e que vão nossa vida esta repleta de situações que se assemelham às belas manifestações do mar. Difícil entender suas idas, o partir daquilo que alimentou a alma e que era essência do amor que se deejara com intensidade receber e dar. Dar todo meu amor e construir um ambiente onde a cada dia, a cada instante glorificar-se-ia a mulher que não cantava mas que encantava com seu caminhar, sua beleza, seu bem querer, seu jeito de ser em toda a magnitude de sua essência.
     Onda. Foi somente onda.
Cassiano Jorge

domingo, 10 de abril de 2011

O mistério do amor - Beijos

Beije-me com os beijos de sua boca!
Seus amores são melhores do que o vinho,
o odor de seus perfumes é suave,
seu nome é como óleo escorrendo,
e as donzelas se enamoram de você...
Arraste-me com você, corramos!
Leve-me, ó rei, aos seus aposentos,
e exultemos! Alegremo-nos em você!
Mais que ao vinho, celebremos seus amores!
Com razão se enamoram de você...

Ontem era verão. Eis o outono. Rumor estranho de quem parte e não regressa.
Embora seja a vida a arte do encontro nela há muitos desencontros. Desencontros estes que se alimentam do sangue que jorra dos corações feridos.
Um dia sonhei um sonho novo e nele se vislumbrava momentos nunca só e sempre acompanhados por aquela que se apresentava como a essência do que é belo e sublime. Mas um dia a gente desperta e tais sonhos ocupam tão somente o espaço das lembranças. Muito pranto já rolou mas hoje estas mesmas lágrimas secaram, não a dor e a inquietude que delas se originaram, mas elas em si já não fazem mais sentido.
Iniciar uma nova caminhada e tirar ensinamento das experiências vivenciadas é o que se deve fazer. Jamais alimentar-se de rancor, ódio, raiva ou qualquer outro sentimento menor e não virtuoso é símbolo de sabedoria e certamente algo que nos fará tão bem como a água para os seres viventes.
Amei muito a mulher com que me casei, alegrava-me em sentir seu coração batendo junto ao meu corpo, encantava-me com sua irradiante beleza que ofuscava o Sol e verdadeiramente acreditei na idéia de que jamais voltaria a caminhar só na vida mas esta mesma vida nos separou.  Grande espanto e dor por muito tempo foram minhas fiéis companhias mas sabedor de que meu conhecimento é limitado como é limitada nossa ciência alcancei a resignação de minha alma.
Hoje, dia em que me sinto um cadáver que anda, nutro o fiel desejo de que ela seja, antes de mais nada, abençoada por Deus e que Ele a guie por caminhos virtuosos me restando tão somente agradecer-lhe pelos momentos de alegria proporcionados.
Vivo o presente, o passado não mais o tenho e o futuro jamais terei.
Muito obrigado. Sentirei saudades do tempo em que os sonhos nos guiavam a caminho da felicidade.
Cassiano Jorge

SONETO DA SEPARAÇÃO



De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
                                 Vinícius de Morais

Da representação da realidade à verdade real.

          Sob a bênção de Deus nas primeiras horas do outono de 2011 compreendi de forma clara e única que o fim do sofrimento é apenas uma questão de tempo. Não permitirei que os imundos dos espíritos opacos obstem meu anjo do perdão. Já foi dito que o caminho da felicidade ainda existe sendo uma trilha estreita m meio à selva triste. Glória a Deus que norteia nossos caminhos.
No caminhar de nossos dias sobre a Terra mister é construir a cada instante os alicerces para o porvir que se deseja glorioso. Com Deus no coração e o verdadeiro amor a nos nortear chegaremos ao verão de nossas vidas.
Hoje refleti sobre a idéia do objeto e o objeto em si. Compreendi que embora a idéia de algo faça referência a este algo jamais expressará com fidelidade plena o objeto em si. O célebre conto de Platão denominado “A Alegoria da Caverna”, presente em “A República” fundamenta com clareza tal percepção. Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.
Cassiano Jorge


Eis o conto: 

Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam, porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe, alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidisse sair da caverna rumo à realidade.

É melhor ser alegre do que ser triste.











Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.
Marcus Vinicius de Moraes nasceu em 1913 no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário da Prefeitura, poeta e violinista amador, e Lídia Cruz, pianista amadora. Mudou-se com a família para o bairro de Botafogo em 1916, onde iniciou os seus estudos na Escola Primária Afrânio Peixoto, onde já demonstrava interesse em escrever poesias. Em 1922, a sua mãe adoeceu e a família de Vinicius mudou-se para a Ilha do Governador, ele e sua irmã Lygia permanecendo com o avô, em Botafogo, para terminar o curso primário.
Vinicius de Moraes ingressou em 1924 no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. Três anos mais tarde, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos. Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje integrada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Na chamada "Faculdade do Catete", conheceu e tornou-se amigo do romancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinicius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.
Três anos depois, obteve o emprego de censor cinematográfico junto ao Ministério da Educação e Saúde. Dois anos mais tarde, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1941, retornou ao Brasil empregando-se como crítico de cinema no jornal "A Manhã". Tornou-se também colaborador da revista "Clima" e empregou-se no Instituto dos Bancários.
No ano seguinte, foi reprovado em seu primeiro concurso para o Ministério das Relações Exteriores (MRE). Em 1943, concorreu novamente e desta vez foi aprovado. Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles. Com a morte do pai, em 1950, Vinicius de Moraes retornou ao Brasil. Nos anos 1950, Vinicius atuou no campo diplomático em Paris e em Roma, onde costumava realizar animados encontros na casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda.
No final de 1968 foi afastado da carreira diplomática tendo sido aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco
O poeta estava em Portugal, a dar uma série de espectáculos, alguns com Chico Buarque e Nara Leão, quando o regime militar emitiu o AI-5. O motivo apontado para o afastamento foi o seu comportamento boêmio que o impedia de cumprir as suas funções. Vinícius foi anistiado (post-mortem) pela Justiça em 1998. Em 2006, foi oficialmente reintegrado na carreira diplomática. A Câmara dos Deputados brasileira aprovou em Fevereiro de 2010 a promoção póstuma do poeta ao cargo de "ministro de primeira classe" do Ministério dos Negócios Estrangeiros - o equivalente a embaixador, que é o cargo mais alto da carreira diplomática. A lei foi publicada no Diário Oficial do dia 22.06.2010 e recebeu o número 12.265.
Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro "Orfeu da Conceição", em 25 de setembro de 1956. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 - época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas. Na década seguinte, Vinicius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime.
Nos anos 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.
Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca de Noé", Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na madrugada do dia 9 de julho, Vinicius foi acordado pela empregada, que o encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreu pela manhã.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Hoje, 27 de fevereiro, verão quente e chuvoso, é um daqueles dias que registram sua importância e singularidade dentre todos os dias em que caminhamos embaixo do sol na trilha estreita em meio a selva triste em busca da felicidade. Bom é sentir-se querido e presente na lembrança de pessoas que circundam nossa vida as quais as temos em elevada estima e consideração ímpar.
Aos 32 anos tenho a clareza de que não serei eu meu inimigo íntimo de modo que os problemas que se apresentam ante nossos olhos são apenas, e nada mais que isto, pequenas e minúsculas particulazinhas que em nada ofuscam a grandeza e magnitude do todo que é a maravilha de se estar vivo.
Já foi dito pelo poeta urbano que a vida é louca e nela eu só estou de passagem. Tal qual a água é molhada e o céu azul esta é uma das verdades incontestáveis. Ter a ciência do momento passageiro que é o tempo em que estamos em pé nos faz caminhar de modo a sempre agir de forma a ser útil para com nossos pares pois assim agindo certamente nossas vidas serão cobertas pelo sagrado manto da benevolência alheia.
Há ocasiões em que dúvidas como o que fazer quando a fortaleza tremeu e quase tudo ao nosso  redor que até então se apresentava como o que havia de melhor se corrompeu, Estes relâmpagos de nossos dias são terríveis e fonte de grande dor e imenso sofrimento mas não são mais do que relâmpagos ante a suprema alegria que é a vida com a maravilha de todas as possibilidades que ela gentilmente e generosamente nos apresenta. Meu espírito é imortal e o que desejo é conhecer o tudo e o nada. Feliz o homem que vive um dia após o outro dia em que a claridade das trevas de outrora não são mais que pequenas chamas prestes a se extinguir no vasto campo das lembranças.
Quem tem boca fala o que quer pra ter nome, pra ganhar atenção ainda que mentiras e inverdades sejam o repertório da pequinês de suas medíocres vidas cobertas pela existência do firme desejo de prejudicar e causar inquietude e sofrimento às suas vítimas. Hoje compreendo as lágrimas do palhaço e que não devo jogar pérolas aos porcos e sim lavagem pois é o que preferem bem como não devo invejar o homem violento e nem seguir nenhum dos seus caminhos. Lágrimas molham a medalha de um vencedor,
Hoje alcancei a felicidade de meus dias pois o bem querer e o desejo de se ver feliz e contente seu próximo se manifestou em meus verdadeiros e muito queridos amigos que me tem no lugar reservado aos que se ama.
Louvo a Deus por tudo que me tem ofertado.
Cassiano Jorge

sábado, 29 de janeiro de 2011

Caríssimos,

Em algumas situações arvoramo-nos detentores de todo o conhecimento e apressamo-nos em afirmar que o outro está errado. Tal posicionamento não se configura em virtude e a razão, desta forma, foge-nos assim como o pássaro escapa das mãos daquele que, inutilmente, tenta mantê-lo preso.
É sabido que aquele que se eleva, agarrando-se à falsa idéia de que a verdade absoluta lhe pertence, brevemente encontrara o chão. A sabedoria encontra moradia naqueles que sabem que nada sabem controlando suas palavras e pondo freio no ímpeto de suas paixões.
O empenho e a disciplina são caminhos que nos conduzem à sabedoria. Devemos ter pressa em ouvir e sermos lento em falar. Aquele que pratica a reflexão menos erros cometerá e certamente da injustiça caminhará distante.
Na lei da vida a certeza de estarmos sempre errados nos mostrará os acertos necessários para suportar as grande dores e enorme sofrimento que muitas das vezes nos aflinge possibilitando continuar caminhando na eterna busca pela felicidade.
Cassiano Jorge

domingo, 23 de janeiro de 2011

Caríssimos,

A vida, esta que nos ensina a cada dia no caminhar de nossos passos sobre a Terra, nos demonstra que devemos nos afastar da trilha dos injustos e em seu caminho não pisar. As vezes somos enganados por nossos sentimentos que nos conduzem em busca do que se acredita ser fruto de nosso amor mas que na verdade não passa de força aniquiladora que regozija-se com a prática da maldade alimentando ódio e fantasias inexistentes a fim de justificar seus atos de vileza.
Devemos observar as circunstâncias com grande reflexão e nos guardar do mal jamais se envergonhando de si mesmo agindo com constância no modo de pensar e sendo coerente na maneira de falar.
Se nos afastarmos da injustiça ela se afastará de nós e, deste modo, poderemos caminhar em campos mais tranqüilos longe de todo o tumulto causado por espíritos inquietos que ainda não encontraram a paz e, por conta disto, vivem a perturbar aqueles que não são perturbados como eles próprios: amantes da discórdia que enchem a boca para dizer que o ideal de suas vidas medíocres é infernizar suas vítimas.
Mas aqui é preciso que se fique claro que não o fazem por maldade embora seja pura maldade suas ações. Trata-se de vítimas da doença que os assola. Não sabem que são doentes e, desta forma, recusam qualquer ajuda revoltando-se contra aqueles que a apontam. Um dia, talvez, serão libertos.
Cassiano Jorge

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um dia sonhei com um amor que jamais existiu. Era este amor tão somente fruto de minha vaidade que o desejara ardentemente. Mas em meu sonho, em minhas ilusões perdidas poder-se-ia contemplar o que havia de mais belo e sublime: fruto do divino amor e da suma sapiência.
Hoje tenho a clareza de que tudo não passou de um breve relâmpago destruidor em forma de luz a iluminar meu caminho. Vaidade das vaidades. Tudo é vaidade. De que vale todo o empenho com que o homem se afadiga debaixo do sol?
Mas também sei que não devo lastimar esta vivência aniquiladora do indivíduo e sim dela aprender o que se deve aprender. Já foi dito que mais vale ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há nascimento pois aquele é o fim de todo ser humano e faz, deste modo, quem está vivo refletir sobre os dias de sua vida. Assim busco compreender os acontecimentos de outrora e, embora grande dor e sofrimento imenso tenham me causado não é bom que se deseje não tê-los vivenciado.
Há de se compreender também a condição humana, demasiadamente humana, que nos faz seres ricos de miséria e pobres de virtudes o que me coloca na justa posição de ser o último a ser merecedor de virtudes. Isto, todavia, não deve ser motivo de inércia ou conformismo lastimoso e sim a energia potencializadora para se buscar a virtude e, dia a dia, caminhar para a verdadeira luz, esta que ilumina assim como os fulgurantes raios solares ao fazer o sorriso da criança resplandecer.
Vivo os dias de minha vida e a cada um deles louvo a Deus pois Ele tudo me dá e tudo me tira com a firme convicção, presente em meu espírito, de ser conhecedor de absolutamente nada, um andarilho pela estrada da vida.
Cassiano Jorge